Um novo festival pra chamar de seu; Yaga traz Arca e SOPHIE em novembro
Um das minhas lembranças mais fortes do festival Sónar de 2015 foi ter visto pela primeira vez ao vivo o venezuelano Arca. A perfomance teve um impacto gigantesco, com Arca e seu corpo esbelto vestido dentro de um espartilho e se equilibrando sobre salto agulha. No telão, imagens de seu parceiro londrino Jesse Kanda, projetando corpos retorcidos e inchados dançando ao som disforme e pesado do colombiano. Eu fiquei de cara, ainda mais porque combinava perfeitamente com o clima sombrio do palco Sonar Hall, onde ainda se apresentariam outros esquisitões que eu adoro, como Autechre, Kate Tempest e Squarepusher.
Por mais que ao longo dos anos seguintes Alejandro Ghersi aka Arca tenha passado de promessa da nova música eletrônica para um dos artistas mais cultuados desse universo, inclusive por gente graúda, como Björk (com quem ele produziu discos e fez músicas), Kanye West e FKA Twigs, ele nunca tinha dado o ar da graça no Brasil. Mas isso se resolve em novembro, dias 3 e 4, em São Paulo, graças ao novato festival YAGA, que ainda traz outras atrações internacionais fortes e perfilou um paredão de artistas brasileiros de peso.
Na lista dos gringos ainda tem a trans SOPHIE, um dos destaques do mesmo Sónar onde eu vi Arca, só que na edição deste ano, e o DJ Total Freedom, de Nova York. Entre os brasileiros são 14 atrações que compõem o que tem sido feito de mais interessante no underground de São Paulo – de nomes conhecidos como Badsista e Linn da Quebrada a artistas como Angela Carneosso, também conhecida como Laura Diaz, vocalista do Teto Preto, Stroka, Luisa Puterman, Pininga & DJ Whey, além de performances de Valentina Luz, Rafael Holland, Bianca DellaFancy e Euvira. Veja a lista completa de artistas aqui.
Este mix de atrações nada óbvias já faz do Yaga um festival que traz um sopro de novidade na vida noturna da cidade. Segundo Sophie Secaf e Kevin McGarry, criadores do festival, o Yaga é uma resposta pra tudo que está acontecendo no mundo e no Brasil que diretamente afeta as subculturas e o underground: "O palco será compartilhado por artistas emergentes visionários e heróis do underground que, em um momento difícil para o país, farão história", diz a dupla.
Vai ser logo depois das eleições, uma data ótima pra de duas uma; chorar as mágoas ou correr pro abraço dos amigos de alívio. Para qualquer um dos casos, já vale garantir seu ingresso por aqui.
YAGA
Sábado, 3/11, das 23h às 8h
Domingo, 4/11, das 17h às 3h
1º Lote: R$ 120 (por dia) e R$ 200 (pacote)
Instagram: @yagalive
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