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DGTL quer fazer as pazes com SP com line-up estelar e melhorias na infra

Claudia Assef

14/02/2020 17h41

Depois te tomar muita pancada nas redes sociais logo após o desfecho de sua terceiro edição em São Paulo, em maio passado, o festival holandês DGTL anuncia sua quarta edição com promessa de melhorar infra-estrutura e uma produção mais atenta às demandas do público brasileiro.

A edição de 2019 terminou como um pesadelo para o DGTL, como relatei neste post, depois que vídeos do dançarino  Loïc Koutana e de outros performers mostravam condições pra lá de precárias de seus camarins. O público também reclamou muito de pontos básicos da produção, como banheiros e filas gigantescas. Mais importante do que o anúncio de uma nova edição, quis ouvir o criador do festival, Jasper Goossen, sobre os planos para limpar a barra e voltar às pazes com São Paulo. 

"O DGTL está de volta à São Paulo depois de muito aprendizado com os erros e acertos e, também de conhecer mais o Brasil e os brasileiros. As três edições realizadas até agora foram positivas e acreditamos que o público em geral, gostou muito", disse o holandês. "Ouvimos os fãs brasileiros através de uma pesquisa realizada com aqueles que foram em pelo menos alguma das edições do festival, para podermos conhecê-los melhor e entender o que funcionou e deveremos manter e o que não deu certo. Desta vez, escolhemos o Pavilhão do Anhembi por ser o único local que conseguimos garantir oferecer estrutura e condições adequadas para recebermos confortavelmente mais de 20 mil pessoas. O local já recebeu outros festivais de música eletrônica e conta com uma área de 25 mil metros quadrados que vamos utilizar para abrigar os palcos e instalações artísticas.

Para esta edição, vamos disponibilizar banheiros vips com fluxo de limpeza eficaz, além de ventilação adequada, mais bares e equipes espalhadas por pontos estratégicos, além de garantir atenção e tratamento cordiais de todo nosso staff para com público e artistas em geral. Também resolvemos estender a programação para 17h no total.

Sobre o caso do Loïc Koutana e outros performers, lamentamos profundamente o ocorrido e fomos escutá-los para entender o que havia acontecido. O DGTL é um festival inclusivo e sabemos da importância desses artistas para o Brasil e para a sociedade. Como forma de nos retratarmos, convidamos o Loïc para performar no DGTL Barcelona no ano passado, após a edição de São Paulo. E este ano ele vai estar conosco novamente.

Gostaria, em nome do DGTL, de agradecer a você, Claudia por este espaço, ao público brasileiro pelo carinho com o festival e a todos os artistas locais por contribuir para a evolução deste cenário", finaliza Jasper Goossen.

Com certeza estaremos de olho, até porque o line-up anunciado é bem convidativo. Marcado para 1 de maio, o festival traz um mix de nomes novos com medalhões, como é o caso do alemão Paul Kalkbrenner, que há um bom tempo não vinha ao Brasil. Outra atrações clássica (e uma das que eu mais quero ver) é a dupla inglesa Orbital, formada em 1989 pelos irmãos Paul e Phill Hartnoll, considerados pioneiros em performances live para a música de pista, autores de  Chime, de 1989, considerado um hino durante o boom das raves e squat parties na Inglaterra no início dos anos 90.

Outro momento imperdível deve ser o back-to-back da francesa Jennifer Cardini com o alemão Ame, além de Steffi e Virgínia, conhecidas por comandarem os longos finais de semana do Panorama Bar (Berlim). E tem mais: o retorno da rainha do techno alemão Ellen Allien e seus conterrâneos Ben Klock e Marcel Dettmann. Se a lista terminasse aqui já valeria o ingresso, mas ainda tem a minha musa atual The Black Madonna (que set ela fez no Time Warp SP!), o inglês Dax J, o francês Agoria, e uma brasileirada que a gente adora: Renato Cohen, Victor Ruiz, Vermelho, Vermelho Wonder (live), Teto Preto (live), Barbara Boeing, Mari Herzer, Martinelli (live) e Tessuto, além do próprio Loïc Koutana, que irá lançar seu primeiro álbum no festival.

Se liga no line-up completo:

Agoria / Ame & Jennifer Cardini / Bárbara Boeing / Ben Klock & Marcel
Dettmann / Ben UFO / Dax J / Ellen Allien & Matrixxman / Gerd Janson /
Jeremy Underground / Julianna Cuervo / Len Faki / L`homme Statue / Malka
/ Mari Herzer / Martinelli (live) / Orbital / Paul Kalkbrenner / Rebekah /

Renato Cohen / Steffi & Virginia / Tessuto / Teto Preto / The Black Madonna
/Tom Trago / Vermelho / Vermelho Wonder / Victor Ruiz

DGTL Festival São Paulo 2020
Data: 01/05/2020
Horário: 16h às 9h
Local: Pavilhão do Anhembi – SP
Endereço: Avenida Olavo Fontoura, 1209 – Portão 1 – Santana, São Paulo –
SP, 02012-021
Ingressos: de R$ 125 a R$ 450

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Sobre a autora

Claudia Assef é uma das mais respeitadas especialistas em música do país. É publisher do site “Music Non Stop” e ao lado de Monique Dardenne fundou o “Women's Music Event”, plataforma de conteúdo e eventos que visa aumentar o protagonismo da mulher na indústria da música.

Sobre o blog

Um espaço para falar sobre descobertas musicais, novidades, velharias revisitadas, tendências e o que está rolando na música urbana contemporânea, seja na noite ou nas plataformas de streaming mais próximas de você.

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